Fenerbahçe faz história em Sevilha
martes, 4 de marzo de 2008
Resumen del artículo
Sevilla FC 3-2 Fenerbahçe SK
(total: 5-5, Fenerbahçe venceu 3-2 nos penalties)
O guarda-redes Volkan Demirel foi decisivo nos turcos.
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Volkan Demirel passou de vilão a herói e apurou o Fenerbahçe SK para os quartos-de-final da UEFA Champions League pela primeira vez na história do clube turco. No desempate por grandes penalidades, o guarda-redes defendeu três remates dos jogadores do Sevilla FC, que, a jogar em casa, se despediu da prova de forma dramática, após ter vencido, por 3-2, no final dos 120 minutos.
Redenção no momento certo
Dois erros do guarda-redes forasteiro permitiram um início de encontro perfeito ao Sevilha frente aos seus adeptos, com Daniel Alves e Seydou Keita a marcarem logo nos primeiros sete minutos. No entanto, dois golos do antigo jogador do Sporting, Deivid, com um tento de Frédéric Kanouté pelo meio, repetiram o resultado da primeira mão (3-2, a favor do Fenerbahçe) e forçaram o prolongamento e, depois, as grandes penalidades. Aí, Volkan Demirel redimiu-se, travando os remates de Julien Escude, Enzo Maresca e Daniel Alves para assegurar um lugar na história do clube turco.
Motivos para festejar
Os adeptos do Sevilha proporcionaram, também eles, um excelente espectáculo antes do início do encontro e tiveram razões para fazer a festa logo no quinto minuto: após uma falta sofrida por Kanouté, Daniel Alves cobrou o livre a mais de 20 metros da baliza, com Volkan Demirel a falhar a intervenção e a permitir o primeiro golo espanhol.
Confiança em baixa
No comando da eliminatória, o Sevilha, com Duda no banco dos suplentes, não demorou a tirar ainda mais proveito da aparente falta de confiança de Volkan Demirel. O guarda-redes estava de regresso à equipa após ter cumprido castigo no fim-de-semana e voltou a ficar muito mal na fotografia, quando permitiu que o remate de Seydou Keita lhe passasse por entre as mãos para o 2-0. A frustração tomou conta da equipa orientada por Zico, que começou a coleccionar cartões amarelos, com Gökan Gönül a ser um dos admoestados e falhando, por isso, o próximo jogo do Fenerbahçe na Champions.
Reacção turca
Volkan Demirel esteve bem melhor aos 22 minutos, quando impediu que Keita bisasse na partida e o Fenerbahçe ganhou direito a voltar a sonhar com o apuramento, com um canto de Mehmet Aurélio a permitir o golo Deivid, que assinou assim o terceiro golo na competição deste ano. Claramente animados, os turcos voltaram a criar perigo, mas Alex e Gökçel Vederson não conseguiram colocar a sua equipa no comando da eliminatória.
Intervalo mais descansado
O Fenerbahçe colocava o Sevilha em sentido, mas Kanouté permitiu que os espanhóis fossem para intervalo com uma vantagem de dois golos, beneficiando de um ressalto em Gökhan Gönül para fazer o 3-2, após passe de Daniel Alves. No entanto, a primeira parte não chegaria ao fim sem que Christian Poulsen tivesse de salvar um remate de Edu mesmo em cima da linha.
Futebol inteligente
O início de encontro por parte do Sevilha tinha sido empolgante, mas a equipa da casa abordou a segunda parte com uma atitude mais defensiva, a cumprir, sem dúvida, as indicações do técnico Manuel Jiménez para um futebol mais inteligente. O Fenerbahçe passou a sentir então mais dificuldades de penetração, mas Alex fez questão de relembrar que tudo estava ainda em aberto, quando rematou ligeiramente ao lado do alvo.
Substituição ofensiva
Enquanto o Sevilha procurava controlar os acontecimentos, Zico deu mais vigor ofensivo à equipa, lançando Semih Şentürk para o lugar de Selçuk Şahin. O suplente havia marcado o golo da vitória em Istambul, há duas semanas, mas já depois de Keita e Daniel Alves terem desperdiçado oportunidades no outro extremo do terreno, seria Deivid a fazer a diferença mais uma vez. A 11 minutos do final, o avançado brasileiro rematou ao poste, mas aproveitou o ressalto para bater Andrés Palop e empatar a eliminatória.
Festa turca
As duas equipas ainda desperdiçaram outras oportunidades para decidir o encontro, que acabou mesmo por ir para prolongamento. Nos 30 minutos extra, nenhuma das equipas conseguiu marcar, apesar de nos 180 minutos anteriores terem feito 10 golos, e o drama prolongou-se até às grandes penalidades. Volkan Demirel teve, finalmente, razões para sorrir ao tornar-se no herói de um apuramento histórico.