Nápoles recorda as grandes exibições de Maradona na Europa
jueves, 26 de noviembre de 2020
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Um dia após a morte do mágico 10 da Argentina, o Nápoles defronta o Rijeka na UEFA Europa League no Stadio San Paolo, palco de alguns dos seus feitos mais memoráveis no futebol de clubes.
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Quando o futebol europeu homenagear Diego Maradona com um minuto de silêncio no início de todos os jogos da UEFA Europa League, esta quinta-feira à noite, as memórias virão ao de cima e os aplausos soarão mais fortes no jogo do Nápoles no Stadio San Paolo.
De 1984 a 1992, o histórico recinto serviu de pano de fundo habitual para muitas dos melhores desempenhos de Maradona na Europa, quando as habilidades incríveis do talentoso jogador argentino e sua liderança inspiradora ajudaram o Nápoles a tornar-se no primeiro clube do sul de Itália a ganhar o título da Série A, em 1987, e novamente em 1990.
Ídolo eterno
"Maradona tornou-se num ídolo eterno para os adeptos do Nápoles, que nunca esquecerão os sucessos que trouxe ao clube durante a sua memorável passagem por Itália", disse o Presidente da UEFA, Alexander Čeferin, na quarta-feira, após ouvir a triste notícia de que Maradona sofrera um ataque cardíaco fatal aos 60 anos.
O San Paolo também foi testemunha do único troféu continental de clubes conquistado por Maradona na sua carreira: a Taça UEFA de 1988/89, precursora da Europa League.
Numa das edições mais complicadas da competição, que envolveu 64 equipas, o Nápoles recuperou de uma desvantagem de 2-0 na primeira mão dos quartos-de-final para derrotar a Juventus com uma vitória por 3-0 após prolongamento. De seguida, bateu o Bayern antes de triunfar na final sobre outro conjunto alemão, o Estugarda, onde jogava Jürgen Klinsmann.
Stadio Maradona
Na quarta-feira, o Presidente da Câmara de Nápoles, Luigi de Magistris, propôs que o San Paolo fosse rebaptizado de Stadio Maradona, como sinal de reconhecimento do papel do astro argentino para ajudar a colocar o emblema napolitano ao lado dos clubes do norte de Itália tradicionalmente dominantes no futebol local – Juventus, Milan e Inter.
O diário desportivo italiano La Gazzetta dello Sport percebeu rapidamente que Maradona tinha falecido no mesmo dia que George Best e Fidel Castro – igualmente personagens únicos no futebol e na política, respectivamente.
Idolatria sem fim
Mal souberam da notícia do falecimento de Maradona, vários adeptos reuniram-se nas imediações do Stadio San Paolo e nas apertadas ruas de Nápoles – Quartieri Spagnoli, Forcella e Spaccanapoli –, onde o mítico futebolista continua a ser reverenciado e tem o seu retrato pintado em várias paredes dos blocos de apartamentos.
O Nápoles deu eco ao choque e à tristeza de muita gente ao reagir à morte de Maradona no Twitter: "As pessoas esperam pelas nossas palavras. Mas que palavras podemos usar para a dor que estamos a sentir agora? Este é apenas o momento de chorar. O momento das palavras virá depois."
"Diego Maradona alcançou a grandeza como um jogador fantástico com o seu próprio génio e carisma", disse Aleksander Čeferin, relembrando a arte de um futebolista que deixou fascinados os adeptos do futebol em todo o mundo ao driblar jogadores com a bola aparentemente amarrada aos pés e marcou livres directos teleguiados com precisão de radar para o fundo das redes."
"Ele entrará para a história como alguém que iluminou o futebol e emocionou os adeptos, jovens e velhos, com seu brilho e a sua habilidade."